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ProConsumer Regista Elevado Número de Reclamações Devido às Alterações Nos Serviços de Telecomunicações

 

ProConsumer Regista Elevado Número de Reclamações Devido às Alterações Nos Serviços de Telecomunicações





ProConsumer, uma associação que se dedica a defender o direito dos consumidores, revelou nesta quarta-feira, 8 de Maio, que as alterações aos serviços de telecomunicações em Moçambique, sobretudo a eliminação dos pacotes ilimitados, causam constrangimentos aos clientes, que têm registado queixas frequentes.

“Têm existido queixas, uma vez que houve um agravamento dos preços das telecomunicações, o que se tem reflectido negativamente na situação financeira do consumidor”, avançou o director-executivo da ProConsumer, Alexandre Bacião.

a d v e r t i s e m e n t

Sem especificar números, o responsável afirmou que a instituição de defesa do consumidor tem recebido reclamações desde sábado (4), sobre a alegada subida de preços dos pacotes, sobretudo os de dados móveis, causando “grandes constrangimentos ao consumidor”.

Sem especificar números, o responsável afirmou que a instituição de defesa do consumidor tem recebido reclamações desde sábado (4), sobre a alegada subida de preços dos pacotes, sobretudo os de dados móveis, causando “grandes constrangimentos ao consumidor”.


O regulador comunicou que o preço iria baixar, mas não é isso que está a acontecer. Dizem que foram estabelecidas balizas, mas na prática não é o que se está a ver. A situação está a prejudicar muitas pessoas, com destaque para os estudantes que utilizam serviços de dados no processo de ensino e aprendizagem. É preciso perceber que, hoje em dia, os serviços de telefonia móvel não são um luxo, mas uma necessidade para a comunicação”, explicou.

Perante o fim dos pacotes ilimitados, o director-executivo da ProConsumer acusou o regulador de falhar na prestação de informação, “violando gravemente os direitos do consumidor”.

“A informação para o consumidor sempre foi deficiente. Foi a coisa mais gritante deste processo. O regulador tomou decisões sobre o funcionamento do mercado sem fazer a devida auscultação pública”, sustentou.

Na terça-feira (7), o presidente do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), Tuaha Mote, informou que havia orientado as operadoras das telecomunicações no sentido de retirar os pacotes ilimitados de dados e de voz para evitar o “colapso do mercado” e a “concorrência desleal”.

“Os preços não são mais os mesmos. Banimos a implementação de pacotes ilimitados, que estavam a prejudicar a economia. Os pacotes de 30 dias continuam, mas o consumidor não pode falar de forma ilimitada a ponto de lhe custar zero”, defendeu.

O dirigente disse que o regulador eliminou os pacotes ilimitados de dados e de serviços de voz como medida para evitar “concorrência desleal” entre as operadoras e permitir maior abertura do mercado para atracção de investimentos no sector.

Na semana passada, o regulador anunciou que os serviços de telecomunicações iam ficar mais baratos a partir de sábado (4) em média, com a entrada em vigor das tarifas nas quais as operadoras adequam os valores mínimos.

Na altura foi dito que o preço médio do serviço de voz em Moçambique baixaria de seis meticais (oito cêntimos de euro) por minuto para cinco meticais (cinco cêntimos), enquanto o preço médio de serviço de dados reduz de 2,30 meticais (33 cêntimos) por megabyte para 1,08 meticais (26 cêntimos). Já o preço médio de serviço de mensagens SMS baixa de 1,70 meticais (24 cêntimos) por SMS, para 1,10 meticais (um cêntimo de euro).



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